PÚBLICO
Os espaços públicos são aqueles que
todas as pessoas têm o direito de utilizar, e são geridos, na maioria das
vezes, por instituições governamentais, não sendo permitida uma utilização
privada. De acordo com o dicionário Aurélio, público é “aquilo que é relativo
ou destinado ao povo, à coletividade; que é de uso de todos”. O caráter púbico
de um lugar é atribuído pelas práticas e ações de seus usuários, ou então de
acordo com suas funções.
- VIAS > CIRCULAÇÃO
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Av. José de Souza Campos (mais conhecida como NORTE-SUL, em Campinas) |
- PRAÇAS > PERMANÊNCIA
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Pça. Carlos Gomes, Campinas - SP |
- PARQUES > PASSEIO, LAZER, VISITAÇÃO
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Parque Portugal, Campinas - SP |
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Pça. Carlos Gomes, Campinas - SP |
- EQUIPAMENTOS DE USO COLETIVO à ESPORTE, LAZER, CULTURA.
Geralmente, áreas públicas centrais
apresentam características comuns de uso: acessibilidade, transparência,
conforto, e permeabilidade, como por exemplo, praças centrais, calçadões, e
ruas comerciais.
Podemos dizer então, que espaços públicos, são sinônimos de áreas de convívio??? Sim, pois áreas de convívio, são exatamente, áreas onde ocorrem atividades sociais e culturais alternativas, como exposições, performances artísticas, festas, reuniões, oficinas, etc. No entanto, áreas de convívio, geralmente são espaços de estar, de permanência, e na sua maioria espaços contidos, privados ou não. Já espaços públicos, podem ser também espaços de transição (passagem), como as vias de circulação de veículos e pedestres.
As noções de espaço público costumam ser confusas, para a maioria das
pessoas. Normalmente, associam-se a espaços públicos somente a áreas livres de
edificações ou as estradas, ruas, praças e edifícios de instituições
governamentais. Mas também, muitas vezes, se confundem espaços privados como sendo públicos, que é o caso dos shoppings centers, que possuem seus espaços internos, privados, mas sãoutilizados pela população como se fossem públicos.
A rua tem perdido o caráter de espaço de
socialização para ser considerado como mero trânsito de pessoas ou veículos,
entre espaços públicos, semiprivados e privados. Tem sido também, abandonado
pelas classes que possuem um poder aquisitivo mais elevado, tendo como justificativa,
o medo da violência. Todos nós que vivemos em cidades sabemos por um momento, que as questões voltadas à segurança são realmente preocupantes. Ao andar de
carro, por exemplo, as pessoas se fecham totalmente buscando ao máximo a
sensação de segurança, mas ao mesmo tempo acabam por tornarem-se sozinhas,
isoladas. De outra forma, as calçadas onde podemos andar a pé e encontrar
pessoas, não são tratadas devidamente, tornando-se um espaço desagradável para
a convivência, pois as barreiras arquitetônicas nesses espaços limitam a
possibilidade do ir e vir. Como o que ocorreu com o Parque do Ibirapuera, em
São Paulo, que no início permitia a partir da Avenida República do Líbano
atravessar o Parque, protegido apenas pela marquise desenhada com simplicidade
por Niemeyer. O que não ocorre nos dias de hoje, onde, para adentrar ao parque,
é necessário passar por um de seus portões, que ficam abertos apenas durante o
dia.
PRIVADO
São caracterizados pelo alto grau de
intimidade: controlados pelo seu ocupante, que neles permanecem por longos
períodos ao saírem da esfera mais pública da vida social. O exemplo mais
simples é a habitação.
Hoje, aumento exacerbado da
valorização da vida privada corresponde não só ao e individualismo, mas expõe a
grande separação e até mesmo oposição entre a esfera privada, e as esferas
social e política.
ESPAÇOS SEMI-PÚBLICOS (ou SEMI-PRIVADOS)
Embora muitos acreditem, os espaços não são apenas classificados como público e privado, há ainda uma terceira classificação: os espaços SEMI-PÚBLICOS ou SEMI-PRIVADOS. Esses espaços são exatamente, espaços de transição entre os dois citados anteriormente, estes possuem entre si, uma relação complexa em que um não existe sem o outro, e a perda de território de um implica no ganho do outro.
Estes espaços de transição, territórios secundários, “são os espaços ocupado por grupos que se
relacionam segundo regras relativamente formais que identificam o direito de
acesso e uso do território. Ele não é nem completamente privado, nem totalmente
público e corresponde a ambientes onde ocorrem reuniões de grupos que tenham
identidades em comum. É um espaço de socialização mais restrito e direcionado”.
Imagens:http://viagem.uol.com.br/album/guia/campinas_album.jhtm#fotoNav=29
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